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Solstício de Junho, instante ambíguo, marcado por uma espécie de mentira, como ele me perturba, me enerva, me agrada. Durante meses ainda, o ano vai parecer lançar-se para o seu zénite de calor e de esplendor, e, entretanto, tudo está pronto: os dias começam a encurtar. O Sol inclina-se, o Sol morre.
A vitória da roda solar não é somente a vitória do Sol, vitória do Paganismo. É a vitória do princípio solar, o que tudo faz girar (“a roda gira”, diz o povo). Vejo triunfar neste dia o princípio de que estou imbuído, que cantei, que com uma consciência extrema sinto governar a minha vida.
A alternância. Tudo o que está submetido à alternância. Quem o compreende, compreendeu tudo. Os gregos estão cheios disso.
Henry de Montherland