sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Sentido da Festa


O homem moderno perdeu o sentido de festa. Arrancado ao seu ambiente geográfico e humano, isolado no meio das cidades «anorgânicas», esqueceu as suas origens e já nada conhece destas festas que puderam produzir as comunidades de outrora.

Em detrimento das tradições ancestrais, geralmente transformadas e justificadas como «folklore», é imposta a festa popular, isto é, a festa artificial, estrangeira. O ritmo regular das festas sazonais que reconduziam o homem ao seu meio natural, foi substituído pelo soluço das músicas exóticas. Os histriões da rádio e da televisão substituíram os grandes criadores do passado. São numerosos hoje os que têm que sofrer os divertimentos fictícios que o conformismo ambiente impõe. O sucesso do «folk-song», isto é, do canto popular, explica-se em parte pelo desejo confuso de certa juventude querer escapar ao entontecimento e de se reconciliar com as grandes liturgias colectivas do passado.

Celebrar o Solstício de Verão é, antes de tudo, o reatar de uma festa ancestral e várias vezes milenária. Mas não se trata de proceder à maneira dos arqueólogos e dos etnógrafos. Esta celebração não é uma reconstituição. Deve ser viva e alegre, em harmonia com o tempo presente.

Reatar é voltar a encontrar o fio perdido. É voltar às origens da nossa comunidade de cultura e de civilização. A este respeito o Solstício de Verão possui um valor exemplar. Durante vários séculos sofreu as consequências da sufocação que o cristianismo lhe quis impor, para acabar por ser tolerado sob a festa de S. João. No entanto, um pouco por toda a parte, nas terras da Europa, os fogos solsticiais mantêm-se e renascem, testemunhando a dedicação dos nossos povos a uma certa concepção do mundo. A festa solar volta a inserir o homem no seu quadro cósmico. Reatar com esta festa da Europa mais antiga é afirmar a nossa fidelidade à herança ancestral e, através desta, à nossa identidade.

Nesta segunda metade do século XX, o Solstício de Verão conserva uma dimensão fundamentalmente comunitária. Continua a ser o momento privilegiado para, junto da fogueira de chamas claras, o indivíduo voltar a encontrar o seu clã.

Philippe Conrad
in “Os Solstícios – História e Actualidade”, Hugin (1995).

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Dominique Venner: presente!

A conferência-homenagem a Dominique Venner, organizada pela Terra e Povo, que decorreu no passado dia 15 de Junho, em Lisboa, foi um sucesso. Obrigado a todos os presentes, bem como aos que não puderam ir, mas manifestaram o seu apoio e interesse.


Duarte Branquinho fala sobre "O Século de 1914", uma excelente obra de Dominique Venner, traduzida em português por Miguel Freitas da Costa e publicada pela Civilização.



Humberto Nuno de Oliveira fala sobre a obra de Venner como historiador.



Casa cheia para homenagear o "samurai do Ocidente".

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Conferência de homenagem a Dominique Venner


Intervenções:
Duarte Branquinho - "Uma vida de combatente"
Humberto Nuno de Oliveira - "Historiador sem amarras"