Sonhas com um sol hoje desaparecido
Símbolo da vida, de eterno retorno.
Encurtam os dias, o inverno chegou,
Mas no teu coração, sempre ficará a brilhar.
Na noite mais longa entraste na tua casa
A acender a coroa e preparar o fogo.
Vai começar uma longa velada
Com teus irmãos, irmãs, amigos, avós.
Sobre a mesa enfeitada há já três velas
Para os que estão longe, mortos, crianças a chegar.
O rito solisticial vai renovar-se
Em memória do passado, por um grande porvir.
Celebraram-se os nossos antepassados desde milénios
Esta noite consagrada à grande esperança
De um sol que regressará a iluminar a nossa terra
Um mais cada dia, à medida que avançam as estações.
Temos de juntar-nos na noite dos nossos povos
Para mais nos fortalecermos neste mundo hostil.
Amanhã, já o sabemos, o sol brilhará
No fundo das nossas florestas, no coração das nossas cidades.
É na obscuridade, durante esta pausa,
Que podemos forjar as armas que necessitamos
Para o triunfo das nossas ideias, da nossa causa,
E oferecer à Europa um amanhã melhor.
À volta desta mesa, homens e mulheres livres,
Vêm recordar e reencontrar os seus Deuses.
Sente-se a alma que vibra através dos nossos cantos,
A alma da linhagem, a dos nossos avós.
Nesta noite portadora de grande promessa,
A nossa longa memória nos manterá firmes.
Porque, se Dionísio nos trouxe embriaguês,
Também sabemos que Apolo regressará.
Robert Pagan (Dezembro 90)
in “Os Solstícios – História e Actualidade”, Hugin (1995).
Símbolo da vida, de eterno retorno.
Encurtam os dias, o inverno chegou,
Mas no teu coração, sempre ficará a brilhar.
Na noite mais longa entraste na tua casa
A acender a coroa e preparar o fogo.
Vai começar uma longa velada
Com teus irmãos, irmãs, amigos, avós.
Sobre a mesa enfeitada há já três velas
Para os que estão longe, mortos, crianças a chegar.
O rito solisticial vai renovar-se
Em memória do passado, por um grande porvir.
Celebraram-se os nossos antepassados desde milénios
Esta noite consagrada à grande esperança
De um sol que regressará a iluminar a nossa terra
Um mais cada dia, à medida que avançam as estações.
Temos de juntar-nos na noite dos nossos povos
Para mais nos fortalecermos neste mundo hostil.
Amanhã, já o sabemos, o sol brilhará
No fundo das nossas florestas, no coração das nossas cidades.
É na obscuridade, durante esta pausa,
Que podemos forjar as armas que necessitamos
Para o triunfo das nossas ideias, da nossa causa,
E oferecer à Europa um amanhã melhor.
À volta desta mesa, homens e mulheres livres,
Vêm recordar e reencontrar os seus Deuses.
Sente-se a alma que vibra através dos nossos cantos,
A alma da linhagem, a dos nossos avós.
Nesta noite portadora de grande promessa,
A nossa longa memória nos manterá firmes.
Porque, se Dionísio nos trouxe embriaguês,
Também sabemos que Apolo regressará.
Robert Pagan (Dezembro 90)
in “Os Solstícios – História e Actualidade”, Hugin (1995).