Está nas bancas o número 39 de «La Nouvelle Revue d’Histoire», cujo tema é “1918 A grande ilusão”. No editorial intitulado “Os equívocos do nacionalismo”, o director conclui: “De Paris a Berlim e mesmo até São Petersburgo, o nacionalismo de detestação substituiu o antigo patriotismo carnal, o sentimento interior e forte de identidade. Sentimento que fazia ainda Voltaire dizer em 1751 que a Europa formava uma espécie de República partilhada em vários Estados, mas tendo todos os mesmos princípios, desconhecidos nas outras partes do mundo”. O excelente dossier, abre com o balanço de Dominique Venner sobre “A grande ilusão”: “11 de Novembro de 1918, o clarão do armistício anuncia o fim do inferno. Mas esta guerra destruiu por muito tempo a antiga ordem europeia”, considera. De seguida, podemos ler os artigos “França. A ditadura do Tigre”, de Philippe Conrad, “Foch: a controvérsia”, de Jean Kappel, “A guerra vista da Alemanha”, de François-Georges Dreyfus, “O fracasso de Ludendorff”, de Wolfgang Venohr, “Em África, uma guerra de gentlemen”, de Bernard Lugan, que faz referência à incursão de von Letow em Moçambique, “Sob o olhar dos escritores”, de Jean Bourdier, “As ilusões generosas de Jean Renoir”, de Norbert Multeau e ainda a cronologia de Jean Kappel e a entrevista com Rémy Porte e François Cochet, autores do “Dictionnaire de la Grande Guerre”, sobre as rivalidades franco-inglesas.
sábado, 22 de novembro de 2008
La Nouvelle Revue d'Histoire n.º 39
Destaque ainda para a entrevista com Jean-Paul Bled sobre as figuras da antiga Prússia, os artigos “A coroa secular da Hungria”, de Jean Bérenger, “A reconquista da Grécia moderna”, de Éric Mousson-Lestang, e a descoberta de Jean-François Gautier sobre um lado desconhecido do historiador Jacques Benoist-Méchin, a música. Como sempre, para além de outros artigos, temos a crónica de Péroncel-Hugoz, bem como as secções habituais.